Catarinenses doam substrato para o cultivo de morangos

Um levantamento feito pelo escritório da Emater local aponta que 150 propriedades rurais foram atingidas pelas enchentes do final de abril e começo de maio. Parte dessas voltaram a ficar alagadas entre domingo e segunda-feira, quando a enchente do rio Caí mais uma vez alcançou 13,60m no município.

Grande parte dos agricultores que perderam as suas produções são produtores de morango e hortaliças e muitos deles perderam, além das plantações, também as estruturas dentro das quais está o substrato para cultivo no sistema semi-hiônico. Para auxiliar essas famílias, com prioridade para produtores de morango, na sexta-feira passada o município recebeu a doação de 31.000 quilos de substrato, repassados pela Rohrbacher Florestal, de Rio Negrinho (SC). Uma segunda carga foi direcionada a produtores de São Sebastião do Caí e Pareci Novo.

A vinda desse produto foi intermediada por um grupo de jipeiros de Nova Petrópolis, entre eles Jorge Guth, que é comunicador da rádio Imperial. O transporte da cidade catarinense ao Vale do Caí foi feito sem custos pela empresa Irapuru Operador Logístico e a entrega foi acompanhada pelo empresário Vinícius Pellenz.

Em Bom Princípio, o substrato foi recebido pelo prefeito Fábio Persch, o engenheiro agrônomo da Emater, Alexandre Matusiak, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Bom Princípio e São Vendelino, Pedro Paulo Schmitz. Eles valorizaram a doação do substrato, destacando tratar-se de uma importante medida de apoio para produtores de morango que precisam recomeçar a produção em suas propriedades.

Após a enchente do final de domingo e início desta semana, a entrega do substrato e a retomada das atividades precisará aguardar um tempo a mais. ‘Ainda tínhamos produtores que estavam com dificuldades para acessar as suas lavouras em função da enchente de maio e agora veio outra. Diante das enchentes recentes, essa pode parecer que foi menor, mas foi mais uma cheia muito grande e que causou muitos alagamentos’, ressalta Alexandre Matusiak.