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Caso Jordana Watthier: ‘não tem como explicar o que a gente sente com a falta dela, com o que ela passou e que nunca mais vamos vê-la’, afirma pai da menina um ano após o crime brutal
Luciano Weber
04/04/2022 08h00

Ainda sem entender a falta da filha e cobrando punição ao envolvido, o pai da menina Jordana Tamires Christ Watthier, Gelson Watthier, afirma que acredita na Justiça para punir o acusado do crime brutal que tirou a vida da adolescente e que chocou Bom Princípio, o Vale do Caí e todo o Estado em 4 de abril de 2021.
Um ano após o assassinato da jovem, que foi estuprada e deixada em um matagal às margens do arroio Forromeco, em Santa Teresinha, a reportagem do Primeira Hora entrou em contato com Gelson e com o advogado Daniel Tonetto, contratado pelo pai de Jordana para atuar no caso.
O advogado Daniel Tonetto será assistente de acusação do Ministério Público no júri popular, que ainda não tem data para ocorrer e que deverá julgar Elias dos Santos Silvestre, autor confesso do crime e que está preso desde o dia 9 de abril do ano passado, quando se entregou na Brigada Militar de Teutônia.
Questionado como ele e a família estão lidando com a falta de Jordana, Gelson diz que todos estão muito tristes. ‘Não tem como explicar o que a gente sente com a falta dela, com o que ela passou e que nunca mais vamos vê-la’, diz Gelson.
Gelson acredita que a Justiça será feita no caso. ‘Sim', opina. ‘Já tivemos uma audiência, mas outra audiência ainda não tem data marcada. Pelo que eu sei, ele estava preso em Montenegro, depois Charqueadas. E, agora, em Torres ou Tramandaí, não me lembro bem", completa Gelson.
O processo

Tramitando em Segredo de Justiça na 1ª Vara Judicial da Comarca de São Sebastião do Caí, o processo do caso de Jordana Tamires Christ Watthier ainda não tem data para ser julgado. Segundo resposta do advogado Daniel Tonetto, o processo aguarda o julgamento em 2ª instância do recurso interposto pela defesa em razão da sentença de pronúncia.
Ainda conforme o advogado, o crime não teve reconstituição e não há previsão de data para o júri popular. ‘Primeiro o recurso interposto pela defesa deverá ser julgado e, caso improvido, o processo retorna para o juiz da Comarca de São Sebastião do Caí para designar o Júri Popular’, informa.
De acordo com o advogado de acusação, o autor confesso do crime, Elias dos Santos Silvestre, continua preso e responderá pelos crimes de ‘Estupro de vulnerável (1º Fato) e homicídio qualificado (2º Fato)’. ‘A pena poderá ultrapassar os 50 anos de prisão’, afirma o advogado. Ele confirma, também, que o processo do crime envolve apenas o autor confesso, não tendo mais ninguém envolvimento no caso.
A reportagem do Primeira Hora também buscou informações com a Vara da Comarca de São Sebastião do Caí sobre o andamento do processo, mas não obteve retorno quanto às solicitações.
Sobre o crime

Domingo, 4 de abril de 2021. O que era para ser um dia de celebração pela Páscoa, se transformou num dia de tristeza e revolta. O corpo de Jordana Tamires Christ Watthier, à época com 13 anos, foi deixado em um matagal às margens da ERS 122 e do arroio Forromeco, na região de Santa Teresinha.
O principal suspeito do homicídio doloso, Elias dos Santos Silvestre, de 39 anos, teve prisão preventiva decretada na terça-feira, 6 de abril, mas só se entregou na sexta-feira, 9 de abril, em Teutônia. Ele ficou foragido desde a tarde de domingo, após fugir do local do crime e passar por Montenegro (onde deixou seu carro), Venâncio Aires e Teutônia.
Era por volta das 14h30 quando o Corpo de Bombeiros Voluntários de Bom Princípio encontrou o corpo de Jordana, após uma denúncia feita por Elias por telefone informar que uma menina estaria afogada no arroio Forromeco, na região da ponte baixa que liga a ERS 122 com o Bom Fim Alto, próximo da boate Roque Santeiro.
Os bombeiros se deslocaram até o local para realizar buscas, percorreram um trecho do arroio, mas nada encontraram. As buscas seguiram e pouco depois o corpo da menina foi encontrado. Logo após a descoberta do corpo e a identificação da menina, a Brigada Militar entrou em contato com a mãe da vítima.
Segundo a BM divulgou na época do ocorrido, a mãe de Jordana, Iara Rosenbach, que morava com a jovem e outros dois filhos no Loteamento Gauger, no bairro Nova Colúmbia, foi até a sede do pelotão de Bom Princípio, onde, conforme consta na ocorrência, ela ‘informou que sua filha havia sido sequestrada pelo seu ex-companheiro’.
A irmã do acusado também conversou com a Brigada Militar, informando que seu irmão teria entrado em contato pelo WhatsApp por volta das 14h30, enviando um áudio dizendo que teria feito ‘besteira’. ‘No áudio, ele falou exatamente o que foi relatado inicialmente pela irmã, claro que com maior riqueza de detalhes. Ele falou para ela que ‘havia feito uma besteira, que tinha que se entregar a Jesus e que agora tinha sido uma coisa grave, e que eles (família) iam ficar sabendo. Também falou que tinha largado o carro em Montenegro, que estava com a chave e o celular dentro, e que era para eles irem lá pegar logo o carro’, relatou na semana do ocorrido o delegado Marcos Eduardo Pepe, responsável pela investigação e inquérito do crime.
Natural de Tenente Portela, no noroeste do Estado, Elias dos Santos Silvestre segue preso pelo crime. Na época do crime contra Jordana, Elias estava em liberdade. Porém, ele já tinha sido preso por 12 anos em decorrência de outros crimes, como estupro e roubo, tendo passado por regime fechado e semiaberto.
De acordo com relato do autor confesso ao delegado Pepe, ele "teve pensamentos ruins’ na sexta-feira anterior ao crime, e que ‘eles voltaram no sábado", dia do sequestro de Jordana. O crime ocorreu após Elias tirar Jordana de casa na noite de sábado, sem ninguém ter visto, e sair com ela de carro, veículo que ele utilizou para largar o corpo da menina no domingo no matagal e fugir até Montenegro.
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