Renovando o sim, casal bom-principiense celebra os 50 anos de casados

Amor e fidelidade. Uma vida inteira ao lado de quem a gente ama revela que, ao se basear nes­ses dois pilares, a relação tende a ser incrivelmente forte, har­moniosa e duradoura. E é isso que comprova o casal Mercedes Fritzen Fischer e Nestor Fischer, que ao longo dos seus 50 anos de casados, completados na semana passada, batalharam para crescer e prosperar, formando uma bela família.

Mercedes e Nestor se conhe­ceram aos 15 anos de idade, em Pinheirinho do Vale, no norte do Estado, de onde são naturais. E foi lá, em 21 de abril de 1971, já com 20 anos de idade, que eles se casaram e começaram a formar a família. Dois anos depois veio a filha Sirlei e, alguns anos mais tarde chegou o filho Vanderlei.

Com poucas oportunidades e desejando proporcionar um futuro melhor para os filhos, o casal decidiu se mudar para Bom Princípio em 1979, terra natal dos pais de Mercedes. Eles, en­tão, escolheram a Vila Schmitz para se estabelecer, onde estão até os dias de hoje. ‘Vendemos as terras lá e viemos para cá quando ainda estava grávida do Vanderlei, pois queríamos dar um futuro melhor para os nossos filhos’, relembra o casal.

Mas a família Fischer não ape­nas se mudou para Bom Princí­pio, encontrando aqui um lugar para se fixar e criar uma forte re­lação na comunidade. Após vários anos, a família cresceu ainda mais, com a chegada das netas Carol e Camilli, filhas de Sirlei e Paulo José Schaefer (Buga), e de Bernar­do e Elisa, filhos de Vanderlei e Ana Paula Kaspary Fischer.

A filha primogênita hoje é moradora de São Vendelino, enquanto que o mais novo se­gue morando em Bom Princí­pio. E, mesmo com as limita­ções por conta da pandemia, o forte laço familiar se fortalece cada vez mais.

Quando vieram para Bom Princípio, aos 28 anos de ida­de, o casal precisou encontrar uma forma de se sustentar. Nestor foi trabalhar na cons­trução civil, onde permaneceu até 1990. Por problemas de saúde, precisou mudar de em­prego, indo trabalhar na Inca­vas até se aposentar, em 2008. Já Mercedes trabalhou por 29 anos como merendeira, na Es­cola Estadual Pio XII, sendo reconhecida até hoje pela sim­plicidade e alegria com que tra­balhava no educandário.

Hoje o casal é amante das caminhadas, atividade física que foi escolhida para poder manter ambos ativos durante a pandemia, muito por conta de não poderem encontrar mais os amigos do grupo da terceira idade Viva Vida. Caminhando pelos bairros de Bom Princípio, eles se mantêm saudáveis, tanto física como mentalmente.

‘Nós gostamos de cami­nhar todos os dias pela manhã. Nós sempre nos exercitávamos nos bailes da terceira idade, porém, como não podem mais ocorrer, precisamos encontrar na caminhada uma forma de nos mantermos ativos’, con­tam.

O casal Mercedes e Nestor Fischer planejava comemorar as Bodas de Ouro numa festa com os familiares e amigos, regada a muito Chopp e música. Porém, com o aumento dos casos de co­ronavírus e as restrições na pan­demia, a festa de 50 anos de ca­sados, que já estava programada, precisou ser cancelada.

A ideia, então, foi alterada para um almoço familiar, mais simples. E foi isso que ocorreu na quarta­-feira da semana passada, feriado de Tiradentes, quando os filhos e netos visitaram os avós e puderam comemorar a data tão especial.

A presença do padre Luciano Royer, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Purificação, de Bom Princípio, para renovar os votos feitos no casamento, e de uma fo­tógrafa, que registrou a comemo­ração tão esperada pelo casal, foi celebrada por Mercedes e Nestor, que não esperavam por tanto.

‘A gente sente muito por não poder fazer com todos que quería­mos. Nosso sonho era fazer a festa com os nossos familiares e amigos da terceira idade, porém, não foi possível. Mas nossa família organi­zou tudo isso e foi muito especial’, ressaltam Mercedes e Nestor.

Com a família reunida para comemorar, os dois enfatizam o verdadeiro valor da união. ‘Nos­so casamento sempre foi aberto, não tendo segredos. Eu sempre digo que, se o casamento tiver duas coisas, amor e fidelidade, ele tende a dar certo. Sempre es­tivemos juntos, nas horas boas e ruins, sempre um apoiando o outro’, ressalta Nestor. ‘Que ele continue como sempre foi, com­panheiro, esposo e amigo para todas as horas’, deseja Mercedes, ao confidenciar o companheiris­mo do marido. ‘Mesmo diante de todas as dificuldades, eu digo se era para recomeçar, eu ia fazer tudo de novo’, enaltece ela, com os olhos brilhando de felicidade.

E também foi no grupo Viva Vida que o casal Mercedes e Nes­tor Fischer encontrou uma manei­ra de se divertir e manter contato com os amigos. Entrando no oita­vo ano como rei e rainha do grupo, algo celebrado como muito impor­tante, o casal hoje sente saudades dos tempos em que precisavam se desdobrar para realizar as ativida­des do grupo, organizando os en­contros mensais e os bailes anuais.

‘O que mais gostávamos era de dançar e puxar a frente do gru­po. De beber e estar com os ami­gos’, recorda o casal, ansiosos para que a pandemia acabe e eles pos­sam se reunir com os mais de 500 integrantes registrados do grupo, celebrando a vida com muita ale­gria e diversão.